Artesanato em Itatim

A produção de peças de barro cozido para serem usadas no preparo de moquecas de peixe ou como objetos de decoração é uma arte antiga cultivada pelas mulheres de Itatim, cidade da região de Itaberaba, a 200 km de Salvador.
Esta arte geradora de renda está sendo resgatada no município por Fabiana Silva dos Santos, de 19 anos, moradora no povoado de Lagoa do Canto. A jovem e mais 24 mulheres de Itatim estão organizadas em uma associação e esperam conseguir um local à margem da BR-116 para a comercialização de seus produtos. Elas fabricam desde panelas de barro com tampa de todos os tamanhos até cinzeiros, cofrinhos e moringas tradicionais, que são vendidas por preços que variam de R$ 3,00 a R$ 30,00.
“Este artesanato era praticado por minha bisavó Antônia Marta e eu aprendi com minha tia, que me ensinou a fazer os pratos de cerâmica de barro”, diz Fabiana dos Santos. Mostrando os fornos de lenha no fundo da casa, onde são cozidos os produtos feitos pela jovem, ela informa que asceramistas de Itatim produzem 15 tipos de peças diferentes.Elas estão registrando uma nova associação para congregar as artesãs. Antes, as mulheres eram filiadas à Associação Comunitária dos Produtores Rurais. A mãe de Fabiana, Maria de Fátima, é a sua principal incentivadora. A outra filha, Tamires, de 12 anos, está também interessada no artesanato. Fabiana e as demais mulheres de Itatim receberam capacitação em cursos promovidos pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), como associativismo, pintura, fabrico em torno e modelagem de cerâmica. No momento, a Agência Sebrae de Itaberaba está dando apoio para a criação de um galpão para a venda dos produtos das artesãs à margem da BR-116